SUS pode oferecer terapia injetável contra o HIV

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um dos métodos mais eficazes de prevenção contra o HIV, reduzindo em até 99% o risco de infecção. Atualmente, o SUS disponibiliza o tratamento em comprimidos de uso diário, mas uma versão injetável, aplicada a cada dois meses, pode ser incorporada em breve.

Segundo a Agência Brasil, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) avaliará a inclusão da PrEP injetável. O parecer é o primeiro passo para que qualquer tecnologia seja oferecida na rede pública de saúde. A análise leva em conta critérios científicos e econômicos, além de consultas públicas com a população.

O pedido foi feito pela farmacêutica GSK, responsável pelo cabotegravir, primeira PrEP injetável de longa duração aprovada no Brasil, com apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia.

📊 Estudos de eficácia
Um estudo com 1,4 mil pessoas em seis cidades brasileiras mostrou que:

• 83% dos entrevistados preferem a versão injetável.
• 94% compareceram no prazo correto para tomar as doses.
• Na PrEP oral, a proteção foi de apenas 58% dos dias acompanhados, com um caso positivo para HIV registrado.

Esses resultados reforçam a eficácia superior da formulação injetável.

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de usuários de PrEP no SUS chegou a 119 mil em 2024. O dado é considerado relevante diante do aumento de novas infecções: 46.495 casos em 2023, cerca de 2 mil a mais que no ano anterior.

Fonte: Olhar Digital