Paciente com câncer de mama cria grupo de Whats para ajudar mulheres

Escrito por em 14/10/2021

Esta poderia ser apenas uma história sobre a luta contra o câncer de mama, mas é, sobretudo, um exemplo de fé e superação. Magna Cristiana da Silva Alves, de 44 anos, descobriu a doença em 2019 e iniciou o tratamento na Uopeccan, de Umuarama. “Meu seio começou a ficar dolorido depois que meu filho que estava brincando comigo deu uma cotovelada. Após, fiz a mamografia e em seguida a biópsia, que comprovou o câncer de mama”, conta Magna. Nesse processo, ela passou por quimioterapias e mastectomia simples na mama direita com linfadenectomia axilar, com retirada de 14 linfonodos (ínguas), quatro deles comprometidos pela doença.

Depois de 15 dias do início do tratamento, em um domingo, Magna foi surpreendida com o travesseiro cheio de cabelo. Ela conta que passava a mão na cabeça e os fios caiam. “Lembro que meu couro cabeludo estava dolorido, eu só chorava. Foi quando eu decidi raspar minha cabeça e comecei a enxergar esse período como um propósito”, afirma.

MASTECTOMIA

A mastectomia é a cirurgia de remoção da mama e consiste em um dos tratamentos cirúrgicos para o câncer. Estudos mostram que a sobrevida sem doença é a mesma em mulheres tratadas com mastectomia versus cirurgia conservadora da mama associada à radioterapia.

Segundo o médico cirurgião oncológico Erico Neimar Ferneda, da Uopeccan, de Umuarama, foram avaliadas as margens cirúrgicas do tumor da mama e dos linfonodos da axila da paciente, que evidenciou  comprometimento causado pelo tumor. Foi optado então por realização de mastectomia simples com linfadenectomia axilar. “Ela evoluiu com uma boa recuperação no pós-operatório, retirando os pontos depois de 15 dias da cirurgia. Realizou tratamento com quimioterapia e radioterapia adjuvante. No momento, está em acompanhamento ambulatorial e sem sinais de recidiva da doença”, observa o médico.

Ainda de acordo com o especialista, para as mulheres preocupadas com o reaparecimento da doença, é importante entender que fazer a mastectomia em vez da cirurgia conservadora da mama associado à radioterapia reduz o risco de desenvolver um segundo câncer na mesma mama, mas não diminui a chance de metástases à distância, quando o câncer atinge outros órgãos.

MULHERES DE FÉ

Nesse período, começou a nascer uma nova mulher, com a criação de um grupo no WhatsApp, chamado Mulheres da fé, auxiliando mulheres em tratamento de câncer com ajuda espiritual e fisicamente. “No começo eram somente 4 e hoje somos 83. Eu sentia a necessidade de ter alguém para me ajudar e sentia falta desse auxílio. Muitas vezes, não conseguimos nos expressar com um familiar, mas com uma amiga sim. Aprendi amar de uma maneira diferente, dar mais valor à vida e às pessoas que estão ao meu lado. Não fazer o bem só para quem me faz bem e sim para aqueles que eu não conheço”, explica Magna, administradora do grupo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Uopecan


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