Com déficit de R$ 89,3 mi, prefeitura de Pato Branco publica decreto com corte de gastos
Escrito por Redação Máxima FM 90,9 em 22/01/2025
O prefeito de Pato Branco, Geri Dutra, anunciou medidas drásticas para enfrentar o déficit financeiro encontrado pela nova gestão. Entre as ações decretadas estão a suspensão dos pagamentos a fornecedores e despesas não essenciais, redução de gastos de custeio, a paralisação de obras em andamento e o adiamento do início de novos projetos por um período de 120 dias, podendo ser prorrogado.
Segundo Geri, a decisão foi baseada na avaliação da equipe técnica, que identificou um cenário preocupante nas contas públicas herdadas da administração anterior. “Nós assumimos o compromisso de transparência e de profissionalismo durante a campanha, e é isso que estamos fazendo agora. Apesar das dificuldades, não vamos iludir ninguém sobre a real situação financeira”, afirmou.
Déficit e explicações técnicas
Vilmar Possato, secretário de Administração e Finanças, apresentou os números que embasam o decreto. Ele explicou que o município acumula uma dívida total de R$ 89,3 milhões, sendo R$ 6,09 milhões de dívidas deixadas pela gestão anterior que não foram pagas em 2023. Dívidas de 2024 já executadas e que não foram pagas somam R$ 36,6 milhões, enquanto dívidas do mesmo ano, porém empenhadas, correspondem a R$ 46,6 milhões. Deste montante, com relação a recursos livres, excetuando-se as despesas vinculadas, apenas R$ 5,5 milhões estavam disponíveis em caixa no dia 31 de dezembro, enquanto os compromissos financeiros não quitados nessa condição superam os R$ 47 milhões.
Possato esclareceu ainda a diferença entre recursos vinculados e livres: “Os recursos vinculados são destinados a áreas específicas, como saúde ou educação, e não podem ser redirecionados para outras finalidades. Já os recursos livres, que são mais flexíveis, a administração pode decidir em qual área deverá gastar.”
Impacto do decreto e medidas complementares
Geri enfatizou que despesas essenciais, como salários, energia, água e serviços de saúde, serviços contínuos essenciais, continuarão sendo pagos. Pagamentos determinados judicialmente ou considerados urgentes, mediante justificativa dos secretários, também terão prioridade. Contudo, despesas não urgentes serão postergadas para preservar a saúde financeira do município.
Fonte: Diário do Sudoeste
Foto: Diário do Sudoeste