Sudoeste se consolida como polo de moda masculina do país

Escrito por em 15/02/2021

Sai do Sudoeste do Paraná a maior parte das roupas masculinas confeccionadas no Brasil. A região concentra 212 empresas de confecção, sendo que 95% delas produzem moda masculina casual, social e jeans.

De acordo com Solange Stein, secretária-executiva do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Sudoeste do Paraná (Sinvespar) e coordenadora de programas e projetos de moda masculina do Sudoeste, as empresas do segmento estão distribuídas em 42 municípios, sendo que Ampére é o que concentra o maior número de indústrias e funcionários.

A Krindges é uma delas. Pioneira na região, fundada há 43 anos, foi quem deu início ao processo de industrialização de Ampére e redondezas. Hoje, com 850 funcionários, é a maior empregadora do município e uma das mais importantes produtoras de roupas masculinas do país.

Leonardo Fistarol Krindges, CEO da empresa, explica que, aos poucos, as vendas estão voltando a ganhar força. No início da pandemia, a empresa usou a capacidade instalada para fabricar jalecos e máscaras. A demanda garantiu o emprego de todos os funcionários e ainda permitiu novas contratações.

“Já retomamos nossa produção normal. Produzimos aqui 150 mil peças por mês para três marcas próprias: Docthos, Guilherme Soul e Private Label”, diz. Além disso, a fábrica produz peças para outras marcas como Reserva, Foxton e Renner.

Em Francisco Beltrão, está localizada a Raffer, outra empresa tradicional na produção de moda masculina. Especializada no segmento de moda social e alfaiataria de alto padrão, a empresa sentiu com mais força as consequências da pandemia.

De acordo com Claudemir Bordignon, diretor comercial da empresa, o segmento em que atuam acabou sendo diretamente atingido, com a suspensão de festas e eventos. “Nos primeiros meses, ajustamos a fábrica para produzir outros produtos, como máscaras e jalecos. Mas, agora, aos poucos, a demanda está sendo retomada”, afirma.

Com 43 anos de história, a Raffer começou como uma pequena alfaiataria e foi crescendo. Hoje, a empresa tem área de 15 mil metros quadrados e emprega 300 pessoas.

Para Bordignon, a maior parte das pessoas não faz ideia de onde vem o produto que estão consumindo. “Muitos clientes consomem nossos produtos sem saber que são feitos no Paraná. Divulgar a produção do estado é muito importante”, afirma.

De acordo com Solange, do Sinvespar, o Sudoeste se subdivide por especialidades na área têxtil. “Temos vários nichos na região. A área de Santo Antônio do Sudoeste, por exemplo, é a que mais produz, com quase 30 empresas especializadas em calças. A região de Francisco Beltrão concentra produtores de ternos e Dois Vizinhos concentra principalmente fábricas de jeans”, explica.

Fonte: Assessoria de Comunicação


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