Beck’s cria projeto musical para alterar sabor da cerveja com frequência específica

Para quem aprecia uma bebida amarga, a marca Beck’s, cerveja alemã German Lager Puro Malte, está promovendo a emoção da música eletrônica para transformar o paladar de um jeito muito curioso.

Em parceria com alguns dos principais DJs da cena eletrônica, a cervejaria criou uma playlist especial que prova que ondas sonoras podem influenciar no paladar de forma incomum.

Esse projeto tem cunho científico e, com base em estudos de Harvard, Oxford e de Felipe Reinoso Carvalho, um pesquisador e doutorando nas universidades Vrije Universiteit Brussel e Ku Leuven, na Bélgica, a cervejaria desenvolveu uma frequência sonora capaz de mudar o sabor de uma cerveja ao bebê-la.

Segundo os estudos, apesar de chocar por parecer um absurdo, as altas frequência conseguem realçar os sabores mais adocicados, enquanto as baixas frequência ressaltam a percepção do amargo.

Você pode conhecer a playlist especial Frequencia Beck’s através deste link.

Alguns dos melhores DJs do mundo aceitaram o convite da empresa e recriaram seus maiores hits na frequência de 73 Hz. Entre os artistas estão Vintage Culture, KVSH, Marta Supernova, BADSISTA, Gabto, Gui Borato, Zoppelar, RHR e Malka.

Para Marta Supernova, fazer novas composições é quase sempre um mistério que pode levar a lugares inimagináveis. “Eu me sinto mediando algo quase espiritual, algo que foge das regras e códigos que consigo dominar”, disse ela. “Na construção da Supernova Daze Haze, meu primeiro release, encarei um desafio, que é propor uma música pensando em como ela pode afetar o paladar de quem escuta. Como artista sonora, adorei o desafio de pensar que o gosto amargo que sinto não vem apenas do que coloco na boca, mas de uma experiência sensorial mais complexa”, confessou a DJ.

Contando um pouco da história por trás da criação conjunta de uma das faixas em 73 Hz, dois dos DJs que fizeram parte dessa ideia mostraram como tudo começou. “A ‘Descontrol’ não teve nenhuma pretensão. Cheguei de manhã, coloquei um kick e fui testar o bassline, e achei muito legal”, comentou Lukas, mais conhecido nas pistas como Vintage Culture. “Eles ligaram para mim, sempre com as loucuras deles, e me falaram do projeto Frequência Beck’s. Ela é mais grave e, consequentemente, deixa o sabor da cerveja mais amargo. Se não tiver nenhuma Beck’s por perto e quiser tomar uma cerveja mais amarga, é só ouvir a música com a frequência mais alta por alguns segundos”, esclareceu o músico.

“O Lukas me chamou para participar e eu achei uma doideira!”, expressou Luciano, que arrasa na cena eletrônica como o KVSH. “Para ter a melhor experiência, precisa usar um fone de ouvido, porque sem ele não funciona”, alertou o artista, que leva a emoção e sensações únicas com seus hits.

Fonte: Rolling Stone