Atendimento do Samu na região corre risco de ser interrompido nas próximas semanas

Escrito por em 27/04/2022

O Samu corre o risco de suspender os atendimentos no Sudoeste após o mês de maio. O risco foi exposto novamente, nesta terça-feira (26), após reunião do Ciruspar (Consórcio dos Municípios do Sudoeste do Paraná), que administra o serviço de atendimento, com sindicatos que representam os trabalhadores.

Desde 2011, a responsabilidade pelo custeio do Samu é de 50% do governo federal, 25% do estado do Paraná e 25% do municípios, através do modelo tripartite. Em 2021, o custeio foi de 20% pelo estado, 30% pelo governo federal e 50% pelos municípios.

O Ciruspar afirma que os custos aumentaram e alguns municípios estão com dificuldades para repassar os valores ao Consórcio. Então, cresceu o movimento de prefeitos que defendem a terceirização dos serviços.

Para o advogado Alan Andreassa, que representa o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde Francisco Beltrão e Região, a terceirização representaria demissões de servidores que hoje atuam por terem sido aprovados em concurso público.

O valor repassado atualmente pelos municípios é de R$ 1,50 por habitante, mas como muitos servidores estão com salários defasados o valor ideal para a continuidade da prestação do atendimento seria hoje de R$ 2,85.

A defasagem nos salários de enfermeiros, condutores socorristas e técnicos de enfermagem já chega a 20%, segundo carta aberta divulgada pelos sindicatos.

O Ciruspar informa que o Samu realiza atualmente cerca de 10 mil atendimentos por ano e cerca de 25% são em acidentes graves que demandam urgência.

Fonte: Portal RBJ

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