Há 100 anos, nascia Charles Bronson, um dos maiores nomes do cinema
Escrito por Redação Máxima FM 90,9 em 30/08/2021
Charles Bronson cresceu na Pensilvânia, sem falar uma palavra em inglês. Apesar de ter completado o segundo grau, era esperado que ele se juntasse ao pai e seus irmãos no trabalho em minas de carvão. Porém, foi no cinema que se projetou e, apesar da longa carreira, que teve início nos anos 50, somente ganhou popularidade na década de 1970. Nessa fase, ficou conhecido como “o homem de poucas palavras e muita ação”, pelas características de seus personagens.
Antes mesmo de participar de qualquer filme, Bronson somente pôde conhecer o mundo, além do local onde cresceu, quando serviu no exército dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Inclusive, ficou ferido em combate.
Bronson se casou três vezes: a primeira foi com Harriet Tendler, code 1949 a 1967, com quem teve dois filhos; a segunda foi com a atriz Jill Ireland, de 1968 a 1990, até a morte dela. Tiveram uma filha; a terceira esposa é Kim Weeks. O casamento durou de 1998 até a morte dele, em 2003.
Carreira no cinema
Bronson começou no cinema nos anos 1950, com filmes como You’re in the Navy Now (1951) e The People Against O’Hara (1951), sem ter seu nome creditado. Ao passar a aparecer nos letreiros, usou ainda o nome de nascimento (Buchinsky). Começou a assinar Bronson em 1954, a partir do filme Drum Beat.
Iniciou a fase de sucesso nos anos 1960. Apesar da relativamente pequena participação no filme Sete homens e um destino, ficou conhecido quando esse western passou a ser considerado um dos melhores da década. Depois de atuar em filmes de aventura, como Robur, o conquistador, de 1961, Fugindo do Inferno (1963) e Os doze condenados, de 1967, Bronson foi para a Europa em 1968, onde atores de filmes de ação estavam obtendo melhores oportunidades. Nesse ano, filmou Os canhões de San Sebastian, Era uma vez no oeste e Adeus, amigo, esse último com Alain Delon. Seguiram-se O Passageiro da Chuva, de 1969, Os visitantes da noite, de 1970, Sol vermelho, de 1971, novamente parceria com o francês Delon, e por fim O segredo da Cosa Nostra, de 1972, os três últimos dirigidos por Terence Young.
Nos anos 1970, Bronson voltaria aos Estados Unidos e faria sucesso como o maior astro dos filmes de ação. Seu primeiro grande filme nesse nova fase foi The Mechanic, de 1972, no qual interpretou o assassino profissional Arthur Bishop, revivido por Jason Statham no filme homônimo em 2011.
No filme Fuga audaciosa, de 1975, é mostrado um plano de fuga de uma prisão, utilizando-se um helicóptero que, pilotado por Bronson, pousa no pátio de um presídio e resgata o prisioneiro interpretado por Robert Duvall. A cena se tornou famosa no Brasil, pois teria inspirado a fuga do bandido Escadinha, que usou o mesmo estratagema para fugir do presídio carioca da Ilha Grande, em 1985.
Nos anos 80, Bronson protagoniza diversos filmes de baixo orçamento e muita ação com a produtora Cannon Films. Entre os de mais de destaque estão Death Wish II, Death Wish III, 10 to Midnight e Kinjite: Jogos Proibidos.
Mas, o maior “empurrão” em sua carreira foi o clássico Desejo de Matar, de 1974, que o consagrou na pele de Paul Kersey, um pacato arquiteto da cidade de Nova Iorque, que tem sua mulher morta e sua filha estuprada por três bandidos e passa a agir como um “vigilante”, perseguindo os criminosos nas ruas, à noite.
Desejo de matar teve mais quatro sequências: Desejo de Matar 2 (1982), Desejo de Matar 3 (1985), Desejo de Matar 4 – Operação Crackdown (1987) e Desejo de Matar 5: A Face da Morte (1994).
Personagens mais conhecidos
- Gaita (ou Harmônica), em Era uma vez no Oeste
- Paul Kersey, da série cinematográfica Desejo de Matar