Porto de Paranaguá começa a receber milho de importação

Escrito por em 24/05/2021

Do navio Aurora SB serão descarregadas 35.279 toneladas de milho importado da Argentina. O cereal, que costuma ser exportado pelos terminais paranaenses, vai abastecer o mercado interno, em especial a indústria de amidos, base para alguns produtos alimentícios humanos.

Esse é o primeiro de quatro navios esperados com milho para desembarque no porto do Paraná nos próximos meses. Com previsão de quebra na segunda safra do produto, outras importações devem acontecer até o final do ano.

SAFRA – Como pontua o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o Brasil é um grande produtor de milho, inclusive com duas safras do produto, o que poucos lugares do mundo têm condição de fazer.

Porém, segundo Ortigara, a segunda safra (safrinha 2021) sofreu problemas no Paraná, assim como em alguns dos principais estados produtores (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás). “Ela está em risco porque foi instalada tardiamente, em função do atraso da colheita da soja. É uma safra que tem perdas elevadas em decorrência da estiagem”, comenta.

Apesar dos relatórios da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já apontarem para uma perda significativa, o país segue sendo grande exportador, mantendo a perspectiva de vender 35 milhões de toneladas de milho este ano.

Diante desse quadro, segundo ele, muitas agroindústrias já estão importando milho, muitos com benefícios fiscais, porque o produto, além de escasso, está caro demais. “Devemos ter grandes importações do produto para sustentar o nível de produção, em especial de frango e porco”, diz Ortigara

Segundo ele, o problema é ainda mais grave nos estados vizinhos. Santa Catarina e Rio Grande do Sul não têm uma segunda safra de milho, como o Paraná.

Fonte: Assessoria de Comunicação


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