Macaco com implante no cérebro é capaz de jogar videogame apenas com a mente

Escrito por em 09/04/2021

A empresa Neuralink, fundada por Elon Musk, publicou um vídeo que mostra um macaco jogando videogame com estímulo cerebral. O animal, chamado de Pager, recebeu um implante cerebral meses antes do vídeo e, segundo a empresa, desenvolveu capacidade para manipular o software do jogo apenas com o cérebro.

Essa tecnologia vem sendo desenvolvida desde 2017 com o objetivo de usar nanotecnologia para superar deficiências físicas de seres humanos e também facilitar o acesso a aplicativos e dispositivos sem interação física.

O processo para Pager chegar ao ponto de controlar o clássico game Pong de maneira telepática começou com o animal aprendendo a usar as mãos para fazer isso. A máquina que aparece no vídeo contém um joystick e, conforme realiza a tarefa proposta, o primata ganha um creme de banana como recompensa.

Após um breve período de estímulo, Pager, a partir de um minuto e meio de vídeo, continua a jogar com o joystick desconectado. A partir desse momento, segundo a Neuralink, a continuidade é exclusivamente com os impulsos cerebrais do animal.

Pager jogando o game Pong com impulsos cerebrais

Como funciona?

A Neuralink explica que a tecnologia de sua interface cérebro-máquina mapeia o padrão de atividade cerebral do macaco. Essa atividade é transmitida pelo implante localizado no cérebro do primata até a sua contraparte física — o computador —, que usa um decodificador para transformar os impulsos recebidos em movimentos. E tudo isso usando dispositivos sem fio.

A empresa ainda não pode replicar a técnica em seres humanos com paralisia, mas, segundo estudos já feitos pela empresa, a pessoa com paralisia é capaz de produzir os mesmo padrões de atividade cerebral identificada em Pager.

Passos em direção ao futuro

A Neuralink reconhece o potencial da demonstração realizada pela tecnologia. Para Elon Musk, essa tecnologia pode fazer com que pessoas com problemas motores movam as próprias partes do corpo com o auxílio de uma interface cérebro-máquina. “Versões posteriores serão capazes de transmitir sinais dos Neuralinks no cérebro para os Neuralinks em grupos de neurônios motores/sensoriais do corpo, permitindo, por exemplo, que paraplégicos voltem a andar”, prevê o empresário.

Fonte: Canal Tech


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