Duvidada, rejeitada, rebaixada e, hoje, seu trabalho é a base da vacina
Escrito por Redação Máxima FM 90,9 em 12/02/2021
A criação da vacina contra a Covid-19 começou com o trabalho de uma imigrante húngara nos Estado Unidos, que, através de muita atitude e fé em seu trabalho, direcionou-o para o mais importante desenvolvimento tecnológico dos últimos meses.
Katalin Karikó hoje está é comentada para o Prêmio Nobel, mas sua trajetória é cheia de desafios e superações.
A pesquisadora deixou sua terra natal junto com o marido e uma criança, com apenas $1,200 dentro do urso de pelúcia da filha. Agora, após anos desenvolvendo seu trabalho sobre mRNA e RNA, Karikó se tornou a vice-presidente da gigantesca BioNTech e seu trabalho recebeu mais de 12.000 citações acadêmicas.
Katalin se formou como PhD em bioquímica pela Universidade de Szeged, na Hungria, e depois engatou em uma carreira de pesquisa na Academia de Ciências do país.
Entretanto, após ser demitida, a pesquisadora se mudou para os EUA e começou trabalhar na Universidade da Filadélfia, em 1985. Eventualmente, acabou sendo transferida para a Universidade da Pensilvânia, onde começou um período muito difícil na sua vida.
Nesse tempo, a pesquisa do RNA mensageiro era extremamente popular, mas, logo após ela chegar, o método para multiplicar as proteínas do material genético de vírus em um corpo humano, que posteriormente servem para combatê-lo, foi considerado um método muito radical para se financiar na época.
Os papéis de rejeição para financiar sua pesquisa começaram a ficar empilhadas na mesa de Katalin, mas, mesmo assim, ela não foi parada.
10 anos após chegar à Filadélfia, ela foi demitida de seu cargo na Universidade da Pensilvânia e diagnosticada com câncer.
“Normalmente, neste ponto, as pessoas dão adeus e vão embora, é horrível”, disse a pesquisadora. “Eu pensei em ir para outro lugar, fazer outra coisa. Eu também pensei que talvez não fosse boa o suficiente, ou inteligente o suficiente”.
Eis que Katalin decidiu se juntar com outro imunologista, Drew Weissman, e juntos finalmente receberam o financiamento para suas pesquisas e tecnologia envolvendo mRNA, em 2012. Katalin conseguiu um emprego na BioNTech, uma companhia alemã, fundada praticamente por imigrantes.
A vacina produzida pela empresa foi devido à Karikó e Weissman. Após ser repetidamente subestimada e demitida da academia da Pensilvânia, ela conseguiu firmar parceria entre o método mRNA de gene-terapia com a expertise da Pfizer, para criar a vacina que já protegeu milhões de vida.
Fonte: Good News Network