Dia Mundial do Braille é comemorado nesta segunda

Escrito por em 04/01/2021

A forma de leitura e escrita para cegos tem a data comemorativa neste dia 04, reconhecida pela ONU em 2019, com o intuito de aumentar a conscientização sobre a importância da inclusão. Também é um marco para a educação. O criador da técnica foi um francês chamado Louis Braille, que perdeu a visão ainda criança e desenvolveu o método de leitura através do tato com apenas 15 anos.

Braille se inspirou em um método militar para leitura de mensagens durante a noite, sem que a luz de lamparinas deixasse os soldados em perigo, denominada sonografia, criada pelo capitão Charles Barbier.

Após o sistema de Barbier ser bem recebido no Instituto Real dos Jovens Cegos, onde Louis Braille estudava, ele pôde desenvolver o método, que antes servia apenas para mensagens curtas através de seis pontos elevados numa folha que combinavam em 63 caracteres.

A invenção foi publicada em 1829, entretanto o método foi aplicado em escolas apenas em 1854, dois anos após sua morte. Antes disso, apenas seus colegas o utilizavam de forma extraoficial.

A leitura e escrita em Braille chegaram ao Brasil através das mãos de José Álvares de Azevedo, um jovem cego do Rio de Janeiro que foi enviado à França para estudar no Instituto de Jovens Cegos. Curiosamente, além de José ser o primeiro professor do método no Brasil, foi também o responsável por convencer o Imperador D. Pedro II a criar o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854. Hoje é conhecido como Instituto Benjamin Constant, centro de ensino do Ministério da Educação (MEC).

Metodologia

Quando surgiu, a escrita em Braille era feita através de reglete e punção, uma perfuração com molde. Com o avanço tecnológico, as máquinas de datilografia puderam ser adaptadas através de seis teclas de pontos e uma para espaçar as palavras. Hoje em dia, o material de leitura é computadorizado e impresso.

Outra Forma de Leitura

Antes do surgimento do Braile, um método havia sido desenvolvido por outro francês, Valentin Hauy, através de letras romanas em relevo no papel. Apesar de incomun, essa técnica ainda existe e é conhecida como Moon type. Foi o inglês William Moon quem a desenvolveu e é somente utilizada por quem perdeu a visão durante a vida e não conseguiu se adaptar ao Braille.

Fonte: CNN

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