Brasília amarela renasce e estará em filme sobre Mamonas Assassinas

Escrito por em 21/12/2020

A Brasília amarela que aparece no clipe da música Pelados em Santos, do Mamonas Assassinas, foi sorteada no Domingo Legal (SBT) em 1996, alguns meses após os cinco integrantes da banda perderem a vida em um acidente aéreo na Serra da Cantareira.

O ganhador do sorteio levou o prêmio ao Rio de Janeiro, onde a Brasília mais tarde seria recolhida a um pátio devido a documentação vencida. Lá, permaneceu durante quase dez anos, abandonada. Virou sucata.

No final de 2015, familiares de Alecsander Alves, o Dinho, resgataram o que restou do carro. No ano seguinte, a restauração do veículo foi concluída, deixando-o do jeito como ficou conhecido. Hoje, mantido com carinho por parentes do cantor, o velho Volkswagen ainda é atração. De acordo com Hildebrando Alves, de 73 anos, pai de Dinho, fãs dos Mamonas viajam do Brasil inteiro até Guarulhos (SP), onde mora, para tirarem fotos ao lado da Brasília – ela também marca presença em eventos, exposições e reportagens. O próximo ato será aparecer em um filme sobre a trajetória meteórica dos músicos.

Após restauração e troca de chassi, Brasília atrai muito interesse e participa de eventos e exposições

Segundo Alves, o longa-metragem já tem todos os recursos garantidos – as gravações ainda não começaram devido à pandemia do coronavírus. Com roteiro de Carlos Lombardi e direção de Anita Barbosa e Léo Miranda, o longa-metragem deve ser gravado no ano que vem, com locações em Guarulhos, onde o grupo foi formado e que tem até uma praça em sua homenagem.

Ruy Brissac, que interpretou Dinho na peça “O Musical Mamonas”, voltará a interpretar o papel no longa – Hildebrando ainda faz mistério sobre o restante do elenco.

“Há alguns anos, foi uma grande emoção pegar a Brasília de volta. Ela representa muito para mim, tem esse lado da saudade do meu filho. O carro também simboliza o legado dos Mamonas Assassinas, que ficaram no coração do povo, e não poderia deixar de aparecer no filme”, diz Alves. O pai de Dinho faz questão de falar que sua família doou o lucro obtido com o sorteio para instituições de caridade e não cobra pelas fotos tiradas pelos fãs. A intenção é deixar o carro para seus netos, bem como objetos pessoais do filho, guardados em uma chácara na cidade de Itaquaquecetuba (SP) – a exemplo de roupas, fotos, adereços, reportagens da época e discos de platina.

Fonte: Uol


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