Entenda como funciona a eleição norte-americana
Escrito por Redação Máxima FM 90,9 em 03/11/2020
Diferente do sistema usado nas eleições brasileiras, nos EUA, a disputa pela presidência funciona de uma forma diferente.
Para se eleger, não basta o candidato ter a maioria dos votos. O que conta mesmo é o número de delegados. O colégio eleitoral é composto por 538 delegado. Desses, 270 pelo menos devem pender para o lado vencedor.
Na prática, quando os eleitores norte-americanos votam, eles na verdade estão decidindo para quem vão entregar os delegados de seus estados. Obviamente, estados com mais habitantes, tem mais delegados. Por exemplo, a Califórnia tem 40 milhões de habitantes aproximadamente e possui 53 delegados. O Kansas tem menos de 3 milhões de habitantes e possui 4 delegados. Considerando que cada estado ganha um delegado por distrito e mais dois (um para cada senador que possui no Congresso), a Califórnia tem no total 55 delegados e o Kansas 6.
Esse sistema existe justamente para que estados mais populosos tenham peso maior na decisão. Por isso os candidatos lutam tanto para se dar bem em estados como Califórnia, Flórida e Texas, por exemplo, que, juntos, têm 133 delegados (quase 25% do total).
Quase todos os estados (com exceção apenas de Maine e Nebraska), adotam um sistema chamado winner-take-all (ganhador leva tudo), no qual o candidato que conseguir o maior número de delegados fica com todos. Ou seja, se alguém conquistar 28 dos delegados da Califórnia, leva os 55.
Somando todos os 50 estados dos EUA (mais o distrito de Columbia), existem 538 delegados em disputa, e se torna presidente o candidato que assegurar o voto de pelo menos 270 deles.
Fonte: G1