Vacina contra a Covid-19 pode ser produzida no Brasil
Escrito por Redação Máxima FM 90,9 em 20/10/2020
A pandemia da COVID-19 afetou diretamente mais de 30 milhões de pessoas, e desde sua instalação, testes em todo o mundo estão sendo feitos para o combate. Já existem 11 vacinas na terceira etapa de desenvolvimento de pesquisa e uma delas é a Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gameleya, em Moscou. Segundo o Fundo Russo de Investimento Direto, o registro da vacina deve ser apresentado em dezembro para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
A Vacina no Brasil
Dois estados celebraram parcerias com o governo russo para a produção da substância. O governo da Bahia comprou 50 milhões de doses. É importante salientar que a vacina não é testada no Brasil e sequer houve entrada para aprovação da Anvisa, como foi feito com a vacina de Oxford e com a CoronaVac.
O governo do Paraná firmou acordo para produzir a vacina, por intermédio de transferência de tecnologia. Entretanto, ainda é necessário esclarecer algumas definições para o plano de inclusão do imunizante em âmbito nacional, que será feito junto ao Ministério da Saúde.
Entenda as fases da vacina
Fase Pré-Clínica
As possíveis fórmulas são testadas em laboratório, ou seja, in vitro. Aquelas que demonstrarem eficácia terão sua potência testada em animais, principalmente roedores (camundongos e ratos) e primatas não humanos (macacos).
Fase 1
Aqui acontece o primeiro teste em humanos, um grupo reduzido de algumas dezenas de pessoas saudáveis que se candidatam para a vacina. Nessa etapa, é avaliada a segurança do imunizante, sua toxidade e efeitos colaterais, bem como o tipo de resposta imune que o corpo produz.
Fase 2
Essa fase já inclui um número superior de voluntários e a vacina em potencial é administrada em pessoas com características diversas uma das outras, como idade e a dosagem que será administrada. A segurança é novamente priorizada, e também a imunogenicidade, que nada mais é do que a capacidade da proteção e marcadores e imunidade
Fase 3
Esse é o último cenário antes da aprovação. A vacina é feita em larga escala para milhares de indivíduos de diferentes populações. Essa etapa serve para avaliar definitivamente a eficácia e segurança da vacina. Os efeitos colaterais também ficarão mais claros devido ao número de voluntários. As milhares de pessoas são divididas em grupos, onde parte delas toma a vacina e outra fica a mercê do efeito placebo (pensam que a vacina em potencial foi aplicada). O desafio dessa etapa é que, dependendo da intensidade da circulação da doença na região, ela pode demorar anos para se concretizar, afinal pessoas não podem ser contaminadas de forma proposital com o vírus para testes.
Aprovação
Concluída a terceira etapa, a Anvisa revisará os resultado das fases para possível aprovação de uma nova vacina, mas, ainda assim, os pesquisadores seguem o acompanhamento de milhões de pessoas, para possíveis efeitos colaterais raros que não foram revelados nos testes.