Setembro Amarelo, você não está sozinho

O desejo de partir: o pensamento suicida… e agora?

Hoje, quando falamos em suicídio compreendemos que ele está associado a um grave problema de saúde pública. Observamos que o indivíduo está envolto a pensamentos, confusões mentais, sentimentos, atitudes, cognições e comportamentos que acabam provocando a situação. Mas… nem sempre foi assim.

O suicídio não tem glamour

Hoje, Psicólogos e Psiquiatras acreditam que o suicídio, assim como a depressão, é um problema de Saúde Pública muito sério, decorrente, em sua imensa maioria, de transtornos mentais.

Vale ressaltar que cada sociedade tem, devido a momentos bem definidos de sua história, uma pré-disposição para o suicídio, colecionando uma taxa de suicídio numericamente particular. Essa variação ocorre no tempo e entre diferentes civilizações, mas de maneira geral podemos indicar alguns dados:

• A cada 40s alguém comete suicídio no mundo;
• Entre 25% e 30% dos suicidas costumam deixar um bilhete explicando sua decisão e/ou se despedindo de amigos e familiares;
• O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
• No Brasil, ainda não há um plano nacional de prevenção ao suicídio. Aqui, a taxa de suicídio para homens é quase o dobro das mulheres: 13,7 por 100.000 entre eles e 7,5% por 100.000 entre elas.

O suicídio hoje

• Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos;
• Floresta Aokigahara – Bosque dos Suicídios;
• As taxas de suicídio no mundo subiram 60% nos últimos 45 anos.
• Ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global.
• O Brasil está entre os 10 países que mais cometem suicídio;
• A maioria das pessoas que cometem suicídio fazem isso em uma quarta-feira.

Ligue 188 – No Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), email e chat 24 horas todos os dias.

Como saber se algum conhecido quer deixar de viver

Não existe uma “receita” para detectar quando uma pessoa está pensando em desistir da própria vida, nem se essa pessoa tem algum tipo de tendência suicida. Mas, como somos dotados de sentimentos, sensações e emoções, uma pessoa em sofrimento acaba apresentando certos sinais como:

• Mudança de conduta e/ou expressões verbais de ideias ou interesse ao suicídio;
• Preocupação com a própria morte;
• Falta de esperança na vida e nos outros;
• Isolamento;

Outros fatores

Existem outros fatores que podem acabar levando ao suicídio e que não estão totalmente ligados ao sofrimento extremo como:

• Perda de emprego,
• Crises políticas e econômicas,
• Discriminação por orientação sexual e identidade de gênero,
• Agressões psicológicas e/ou físicas,
• Sofrimento no trabalho,
• Diminuição ou ausência de autocuidado,
• Conflitos familiares,
• Perda de um ente querido,
• Doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros.

Todos esses problemas podem ser fatores que acabam vulnerabilizando a vítima e, mesmo que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio, podem acabar contribuindo para tal.

Pensar e sentir que tirar a própria vida é a única saída pode ser insuportável e muito difícil de lidar, mas existem profissionais capacitados para auxiliar nessa caminhada. Procure ajuda profissional, se tiver que escolher, escolha viver!

Por: Helder Soccol Jr

Fontes:

https://veja.abril.com.br/saude/suicidio-e-segunda-causa-de-morte-entre-jovens-de-15-a-24-anos-diz-oms/ acesso em 09 de setembro de 2020

https://www.cursosaprendiz.com.br/suicidio/ acesso em 09 de setembro de 2020

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio acesso em 09 de setembro de 2020

https://www.cvv.org.br/blog/um-setembro-diferente/ acesso em 09 de setembro de 2020